terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Just like a rolling stone

How does it feel
How does it feel
To be on your own
With no direction home
Like a complete unknown
Like a rolling stone?

Pois é. Acho que sinto mais a crise de pasaagem pra vida adulta do que senti na adolescência. Escolhas com cara de "pra sempre", mas tão frágeis quanto um devaneio de criança que brinca sozinha. Como se eu soubesse que, de fato, estou entrando na histeria coletiva dos adultos em volta e tivesse certeza que a única verdade absoluta está em qualquer coisa pra qual eles não deem nenhum valor.

E no meio disso tudo a única certeza é a de estar sozinha num processo tão meu. Preza na incomunicabilidade de uma experiência tão comum... quase esquizofrênica e insuportavelmente sensível. With no direction home. Like a complete unknown, just like a rolling stone.

Destination unknown, but no surprises.
In a darkened room, infected.
Silent lucidity....

... and who cares a lot?

A babilônia é tão completa que nem a minha língua sozinha dá conta. Viva ao multiculturalismo! À descentralização do sujeito e a perda do caminho de casa!
Bom mesmo é ser de todo o lugar e não se sentir pleno em lugar algum, não é? Viva a saudade da Europa e das coisas que eu não fiz! Viva a prestação! Ao catão de crédito, CPF, a jornada diária de 16 horas de atividades obrigatórias nas quais você insiste em enxergar algum prazer que você, de fato, nunca sentiu! Viva a vida adulta de renúncias e desprazeres! Seja infeliz e serás aceito!

Queria quebrar a guitarra que nunca tive coragem de pedir à minha mãe.

Com a certeza de mais uma manhã na qual a Terra não vai parar e a colônia de formigas continuará sua marcha ordenada pelo frágil equilíbro entre ordem e caos, seguindo sempre com um quadro da rainha na parede.

E eu seria capaz de tudo.


fim.

Um comentário:

Carol M. disse...

One word: join the club!