domingo, 15 de junho de 2008

Back to the old times.

Depois de meu ataque de fofura e sensibilidade, resolvi passar um tempo com o "diabinho da garrafa" que vive em mim. A gente sempre se entende. Ele me explica muitas coisas sobre o lado afro-descendente da força e me dá uma leitura cultural do Darth Vader.

Pois é. Ser fofa é legal. Eu também tenho meus momentos.

E eles passam.



Symphathy for my Devil.

"Daqui em diante, sereis conhecido como Darth... Vader"

Eu era realmente uma dessas pessoas que, como Hitler, simplesmente inventaria uma boa desculpa para eliminar da face da terra todo mundo que me irrita. Eu acho que seria capaz de matar alguém e não me arrepender de nada além de ter feito algo que me levaria à cadeia. Eu não sou diferente da Suzanne Richtoffen.

Eu só não ia gostar da cadeira porque a cadeia é suja.

Deve feder tanto quanto fede banheiro depois que gente bem alimentada sai de lá.

Assim são as regras da boa educação. Todo mundo caga, mas falar disso não é nada natural.

------------------------------------------

É isso o que dá, quando você passa tanto tempo tentando ser uma pessoa melhor. No intuito de mudar completamente você se convence de umas coisas, passa a acreditar em outras. Vira uma pessoa fofa. Sorri para o próximo. Ajuda os judeus.

E na primeira TPM, sem ajuda de hormônios que custam caro, o Hitler de dentro e você volta com tudo, mais certo ainda de que você é o único ariano púrpura da face da terra e lá se vão os pobres e inocentes judeus pras valas comuns.

E você se convence de que sua mãe está certa: você não presta.

------------------------------------------

O mundo no qual eu vivo gosta de gente fofa, mas só os Hitlers tem sucesso. Jack Welch tocou o terror na GE e é um dos mais celebrados executivos da face da terra. Deve ter gente fazendo terapia até hoje por causa dele desgraçado.

O fracasso é imperdoável. Assim, você vê a ética protestante dos seus amigos justificando o carro novo, a namorada burra,o apartamento financiado e o extermínio dos judeus. Depois você vê os judeus exterminando os palestinos, crescendo a indústria bélica, ajudando a economia mundial que sustenta teu próximo, funcionário da fábrica. Você percebe que o Hitler de dentro deles é muito melhor que o original. Afinal, a prática leva à perfeição! Você fica muito confuso.

Aí pensa melhor: A sua mãe é que não presta.

Acho que ela leu Os Sete Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes. Eu odeio Stephen Covey.

------------------------------------------

Um comentário:

Carol M. disse...

Foda! Só isso que digo. E depois de ler essas coisas, me pergunto sobre o porquê de não deletar de uma vez por todas esse meu blogue. Quer dizer, quem eu penso que sou pra ter um? Não sou artista, celebridade instantânea, poeta e tampouco tenho algo útil pra dizer, logo...

Beijos! Continue.